CONTOS DA GUERREIRA
O Teatro José de Alencar, ela lança a segunda edição da obra, a partir das 16 horas, no projeto Divinas Palavras. O lançamento abre uma série de encontros envolvendo os valores, crenças e saberes religiosos e contará com a presença da ialorixá, que ministra ainda palestra sobre o livro. O público será recebido pelo Grupo Dança Afro Alagba,.
Divinas palavras
A Yalorixá ( mãe de santo) Mãe Beata lança hoje dia 27 de maio de 2012 , o livro Caroço de Dendê, onde reúne histórias e lendas que resgatam a cultura e tradição de seu povo. A yalorixá é uma referência no candomblé
O livro foi o primeiro escrito por Mãe Beata, publicado originalmente em 1997 e reeditado em 2008. Natural de Iguape, no Recôncavo Baiano, foi no Rio de Janeiro que Beatriz Moreira da Costa, criou seu terreiro e tornou-se uma das figura mais respeitadas do Candomblé no Brasil.
Rebelde desde seu nascimento, como ela mesmo se define, militou intensamente em causas ligadas à cultura, religião e cidadania de populações afro-brasileiras, organizando encontros, mobilizando a luta por direitos e contra o preconceito, campanhas de solidariedade e realizando projetos sociais voltados às comunidades negras.
Entre as honrarias em reconhecimento ao seu trabalho, está o Diploma de Personalidade de Destaque da Comunidade Negra, outorgado em 1991 pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro; o Prêmio Orilaxé, do grupo Afro Reggae, concedido em 2002; a Medalha de Mérito Cívico Afro-brasileiro, homenagem prestada em 2005 pela Universidade da Cidadania Zumbi dos Palmares e o diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz de 2007, do Senado Federal. Atualmente, ela é a presidente de honra do grupo de mulheres negras Criola.
Repleta de marcas da oralidade, a linguagem é singela e direta, sem grandes artifícios literários. A força das histórias de Mãe Beata está em sua ancestralidade, como um registro em papel de ensinamentos transmitidos por gerações no dia a dia, em rodas de contação, nos conselhos das mães aos mais jovens, nos encontros nos terreiros. Intrigas de vizinhos, visagens, brigas de casais e até o gosto exagerado de uma mulher pelo samba servem de pano de fundo para os contos de lições de vida, conselhos morais e demonstração da força dos orixás.
Para quem não está acostumado ao universo místico e às práticas das religiões afro-brasileiras, é certo que algumas nuances passam despercebidas. A universalidade das situações, dos valores éticos e a própria imersão no cotidiano brasileiro permitem, no entanto, um entendimento em meio às descobertas, como crianças que escutam os avós anunciarem os mistérios da vida.
Em livro, a ialorixá publicou ainda "As histórias que minha avó contava", em 2005, e participou da coletânea "O livro da saúde das mulheres negras", em 2000, com o registro "Tradição e Religiosidade", em que ela relembra sua luta desde a infância, das injustiças sofridas dentro da própria célula familiar, as dificuldades financeiras e de saúde, tendo como pano de fundo o preconceito e as investidas históricas contra a cultura trazida pelos escravos africanos.
Rebelde desde seu nascimento, como ela mesmo se define, militou intensamente em causas ligadas à cultura, religião e cidadania de populações afro-brasileiras, organizando encontros, mobilizando a luta por direitos e contra o preconceito, campanhas de solidariedade e realizando projetos sociais voltados às comunidades negras.
Entre as honrarias em reconhecimento ao seu trabalho, está o Diploma de Personalidade de Destaque da Comunidade Negra, outorgado em 1991 pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro; o Prêmio Orilaxé, do grupo Afro Reggae, concedido em 2002; a Medalha de Mérito Cívico Afro-brasileiro, homenagem prestada em 2005 pela Universidade da Cidadania Zumbi dos Palmares e o diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz de 2007, do Senado Federal. Atualmente, ela é a presidente de honra do grupo de mulheres negras Criola.
Repleta de marcas da oralidade, a linguagem é singela e direta, sem grandes artifícios literários. A força das histórias de Mãe Beata está em sua ancestralidade, como um registro em papel de ensinamentos transmitidos por gerações no dia a dia, em rodas de contação, nos conselhos das mães aos mais jovens, nos encontros nos terreiros. Intrigas de vizinhos, visagens, brigas de casais e até o gosto exagerado de uma mulher pelo samba servem de pano de fundo para os contos de lições de vida, conselhos morais e demonstração da força dos orixás.
Para quem não está acostumado ao universo místico e às práticas das religiões afro-brasileiras, é certo que algumas nuances passam despercebidas. A universalidade das situações, dos valores éticos e a própria imersão no cotidiano brasileiro permitem, no entanto, um entendimento em meio às descobertas, como crianças que escutam os avós anunciarem os mistérios da vida.
Em livro, a ialorixá publicou ainda "As histórias que minha avó contava", em 2005, e participou da coletânea "O livro da saúde das mulheres negras", em 2000, com o registro "Tradição e Religiosidade", em que ela relembra sua luta desde a infância, das injustiças sofridas dentro da própria célula familiar, as dificuldades financeiras e de saúde, tendo como pano de fundo o preconceito e as investidas históricas contra a cultura trazida pelos escravos africanos.
Parabéns Mãe Beata pela representatividade que a senhora tem para com o nosso povo de religião de matriz africana .
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